A diversidade infinita de São Paulo também está na comunidade LGBT, a qual também parece sem fim. Um dos exemplos é a festa Sarrada no Brejo, que tem edição nesta sexta-feira 21, no Mary Dinning Club.
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Voltada exclusivamente ao público feminino, a festa tem foco nas lésbicas e, em especial, nas mulheres gordas e periféricas. O evento surgiu há ano por meio da Coletiva Luana Barbosa e com intenção de ter uma noite só para as "minas".
O nome do grupo é em homenagem a Luana Barbosa dos Reis, lésbica e negra, morta em abril de 2016 após ser espancada por policiais militares em Ribeirão Preto (SP). No ano passado, a Prefeitura de São Paulo deu seu nome ao Centro de Cidadania LGBT da Zona Norte.
"Além disso, seria uma realização para cada mulher lésbica ou bissexual negra e gorda ser vista nas fotos de divulgação, nos teasers e em todos os lugares da festa. Nunca fomos vistas em nenhuma festa, nunca existimos", contam as organizadoras ao Guia Gay São Paulo. O coletivo é formado por nove mulheres, oito lésbicas e uma bissexual, "todas periféricas, negras e/ou afroindígenas e duas mães solo".
"A Sarrada no Brejo é mais do que apenas uma festa", explicam. "É um movimento idealizado para arrecadar fundos que auxiliam na vida da mulher periférica. Um evento onde o público (em sua maioria lésbica e bissexual) se sente seguro de ser quem se é e onde se combate o machismo, racismo e qualquer outra fobia, abrindo espaço pra exaltar o talento das mulheres negras e empoderamento de todas elas."
O ponto alto, definem as organizadoras, é o Breijinho do Pijama. Trata-se de uma creche onde as frequentadoras podem deixar os filhos (de até 10 anos) por toda a noite e se divertirem sem preocupações. A ideia, claro, é ótima e poderia muito bem ser reproduzida por organizadores de outros eventos na cidade.
Mais informações sobre a festa você tem em nossa Agenda clicando aqui.