Um dos bares LGBT mais bacanas que já existiu em São Paulo, o Barão da Itararé fechou as portas em agosto, mas de certa forma está de volta em uma versão íntima e secreta.
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Com exclusividade, o Guia Gay São Paulo entrevistou o fundador e um dos sócios do bar, Marco Antonio Araujo, que falou sobre o novo projeto chamado Casa do Barão.
A proposta consiste em elaborar jantares fechados, entre oito e 12 pessoas - o primeiro deles já ocorre neste sábado. De início, as ceias serão semanais, entre 20h e meia-noite.
E onde serão realizados? "É em um apartamento térreo antigo e espaçoso, com um jardim muito bonito, projetado pelo paisagista Raul Canovas, em frente ao antigo Barão", explica Araujo.
O empresário, que também é jornalista e professor universitário, conta que ainda estão tateando, explorando o terreno. "Queremos ir com muito cuidado, sem muita margem para erros. Jantares fechados são uma tendência, então todo detalhe é importante."
Os valores poderão variar, mas devem ficar por volta de R$ 80 por pessoa (entrada, prato principal e sobremesa), com opções de vinhos ("bons e baratos", avisa) e drinks à parte. Uma pedida é o exclusivo Tangeray, que leva gim, tangerina e manjericão.
Quem assina o cardápio é Karina Alencar, ex-sócia de Araujo no Itararé. Interessados devem contatá-los por meio das redes sociais, tais como o Facebook e o Instagram.
Fechamento
O Barão da Itararé funcionou durante 11 anos em uma casa charmosa na Rua Peixoto Gomide, próxima à Rua Frei Caneca. Nos últimos anos, dois quarteirões da Peixoto (entre as ruas Augusta e Itararé) foram ocupados aos fins de semana por uma galera jovem que busca diversão com baixo custo.
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Milhares de pessoas passam (ou ficam) por ali para beber vinho químico e outras combinações alcoólicas. A venda de drogas rola ao ar livre e virou tema de reportagem de inúmeros jornais e programas, como o Fantástico, da TV Globo. Nas últimas semanas, a polícia intensificou sua presença e estacionou um carro próximo à esquina da Peixoto com a Frei.
Este público espantou os frequentadores do Barão, que oscilavam entre 25 e 50 anos, classe média, em especial gays, lésbicas e héteros friendly, e que buscavam espaço para ouvir MPB e jazz.
À epoca, este movimento da rua, aliado à crise econômica pela qual atravessa o País, foram motivos elencados pelos donos pelo fechamento do bar.