O senso comum, de que o preconceito é disseminado, não tem base na realidade. Pesquisa realizada na capital paulista constatou que a maior parte dos habitantes é a favor do nome social de pessoas trans e da adoção por casais homossexuais.
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O estudo chamado "Viver em São Paulo: Diversidade" questionou os paulistanos a respeito de temas em torno da comunidade LGBT.
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Sobre leis de incentivo à inclusão de LGBT no mercado de trabalho, 54% disseram ser favoráveis, 25% nem a favor nem contra, 16% contra e 5% não souberam responder.
Quando perguntados sobre o uso do nome social de transexuais e travestis, 53% responderam ser a favor, 29% ficaram no meio termo, 13% contra e 5% não responderam.
A adoção por casais de mesmo sexo teve aprovação de 51%, enquanto 23% ficaram no meio termo, 21% contra e 5% não responderam.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo ganhou aprovação de 45%, 28% disseram não ser contra nem a favor, 22% contra e 5% ficaram sem responder.
Os temas seguintes não tiveram maioria de aprovação. Quando confrontados com a questão sobre beijos e abraços entre homossexuais na frente de familiares, 38% disseram ser contra; 33% nem a favor nem contra, 23% a favor e 5% não souberam.
Mais reprovável ainda foi a resposta para carinhos e beijos entre casais de gays e lésbicas em público: 43% reprovaram, 30% ficaram no meio termo, 22% a favor e 5% não responderam.
Mas o tema em que os paulistanos se mostraram mais intolerantes foi o do uso de banheiros unissex, sem demarcação de gênero: 52% reprovaram, 24% nem a favor nem contra, 20% aprovaram e 5% não responderam.
A pesquisa foi realizada pela Rede Nossa São Paulo e Ibope Inteligência em parceria com o Sesc. Foram ouvidas 800 pessoas com mais de 16 anos entre 5 e 22 de abril.