Pobre, evangélico, homem, com baixo nível de escolaridade e mais velho. Esse é o perfil de quem mais se opõe à questão LGBT na cidade de São Paulo.
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O desenho veio da pesquisa "Viver em São Paulo: Diversidade", feita pela entidade Rede Nossa São Paulo e Ibope Inteligência.
O estudo ouviu 800 pessoas com 16 anos ou mais entre 5 e 22 de abril. Os entrevistados foram questionados a respeito de questões sobre tolerância, respeito, convivência e discriminação a respeito de pessoas LGBT.
A pesquisa criou o Índice de LGBTfobia entre os Paulistanos, que ficou em 0,46. O indicador é resultado de todas as perguntas do estudo e pode variar de 0 a 1,0.
Quanto mais perto do zero, mais significa que as pessoas são tolerantes. Quanto mais próximo do 1, mais intolerantes.
O valor final, próximo da metade do índice, significa que os paulistanos são "timidamente favoráveis" às questões LGBT. A ideia é refazer a pesquisa nos próximos anos e comparar o resultado desse índice.
De forma geral, homens (com índice 0,5) são mais intolerantes que as mulheres (0,42). Por faixa etária, pessoas mais velhas (acima de 55 anos) são mais intolerantes - índice de 0,55. O grupo mais tolerante é que compreende a faixa de 25 a 34 anos (0,35).
Pessoas com nível superior (0,38) são mais tolerantes que as que pararam no Ensino Fundamental (0,52). Quem ganha até dois salários mínimos (0,48) é mais intolerante que os que recebem mais cinco salários (0,42).
Moradores da Zona Oeste (0,37) são os que mais respeitam LGBT. Eles ficaram à frente da Zona Sul (0,42), Centro (0,43), Zona Norte (0,47) e Zona Leste (0,50), a mais intolerante.
Pelo recorte de religião, evangélicos (0,60) disparam como os mais intolerantes. Católicos (0,45), ateus/sem religião (0,38) e outras religiões (0,35) aparecem depois.
