Voltou a subir o número de infecções pelo vírus mpox em São Paulo. O alerta é do Centro de Referência e Treinamento (CRT) DST/Aids.
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Nos seus primeiros 143 dias, 2024 já contabilizou 95,5% dos casos de todo ano passado.
De 10 de junho de 2022 - quando o mpox se tornou uma ameaça global - até 23 de maio deste ano, foram atendidos 670 casos suspeitos na capital paulista. Destes, 438 (65,4%) tiveram resultado positivo para a doença.
Em 2022, 71,1% dos testes deram positivo para mpox; em 2023, o número caiu para 30%; e neste ano foram 69,8%.
No total, em 2022, 351 pessoas tiveram diagnóstico da doença; em 2023 foram 27 e em menos de cinco meses de 2024, já são 60.
O CRT avisa para que se fique alerta para os sintomas: lesões de pele que podem ser únicas ou múltiplas, inclusive na regiões genital e anal, linfonodos aumentados na virilha e no pescoço, febre, dor de cabeça, cansaço e dor muscular.
Alguns pacientes não passam pelas duas fases da doença, apresentando lesões de maneira súbita, pontua o centro.
A mpox existe há décadas na África, mas chegou à Europa possivelmente entre fim de 2021 e março de 2022. O primeiro caso no continente foi diagnosticado em maio de 2022.
Em agosto, ela se tornou uma emergência nos Estados Unidos - naquele ano, o país contabilizou 31.698 casos e 56 mortes.
A grande maioria dos casos de mpox - em qualquer país do Ocidente - tem se dado dentre gays e bissexuais. O vírus é mais violento e pode causar mais internações, e inclusive morte, dentre aqueles com sistema imune comprometido - quando se tem HIV sem controle por antirretrovirais ou em tratamento de câncer, por exemplo.
Em maio, os serviços de saúde de Nova York também emitiram alerta sobre aumento de casos na maior cidade estadunidense. A maior parte dos casos lá se dá dentre gays e bissexuais negros ou hispânicos e na faixa dos 25 aos 44 anos.
