O número de infectados por HIV por 100 mil habitantes em São Paulo caiu 18% entre 2017 e 2018, passando de 32,7 para 28,8. É a maior queda na taxa de detecção desde 1996.
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Dados da Secretaria Municipal de Saúde também mostram redução de 18% no número de novos infectados no período: de 3.826 para 3.145.
É a primeira vez desde 2006 que a Prefeitura de São Paulo observa queda na taxa de detecção por dois anos consecutivos.
"A queda consecutiva pelo segundo ano indica, em epidemiologia, uma tendência mais sólida de queda, e não algo apenas pontual", afirmou a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids da Prefeitura, Cristina Abbate, ao Estadão.
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) - terapia com medicamentos antirretrovirais oferecida a quem não possui HIV e tomada diariamente - é apontada como a principal responsável pela diminuição das novas infecções.
O foco da PrEP são os grupos mais vulneráveis ao vírus - homens gays e bissexuais, mulheres trans, profissionais do sexo e casais sorodiscordantes - quando um tem HIV e o outro não.
A oferta de preservativos pelo sistema de saúde e o aumento de testes de detecção também ajudaram na queda.
Dos 3.145 novos casos de 2018, 605 foram no grupo de homens entre 25 a 29 anos. Este grupo é seguido pela faixa de 20 a 24 anos (601 casos), 30 a 34 anos (422) e 35 a 39 anos (280) - sempre homens.
Um dado curioso foi o aumento de infecções entre idosos (15%) passando de 92 para 106 casos (somando homens e mulheres).