Entre 29 de novembro e 1º de dezembro, o Sesc 24 de Maio - em parceria com o Rolezinho BixaNagô - promove programação focada no HIV.
Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook
Dados do Boletim Epidemiológico da Cidade de São Paulo apontam que gays, bissexuais e transexuais negros são os mais afetados pelos casos de morte em decorrência da aids.
Rodas de conversa, performance, show de Renata Peron e exibição do documentário Línguas Desatadas, de Marlon T. Riggs integram o evento que é inteiramente gratuito.
Um dos destaques é o bate-papo de abertura, "Cenários – Avanços e Retrocessos nas Políticas Públicas da Aids" com Keila Simpson e Alexandre Padilha.
Serão abordadas questões sobre a ameaça das novas políticas públicas da aids no Brasil, um país que sempre foi pioneiro nos estudos em busca de tecnologias para prevenção e tratamento do HIV.
O ciclo de conversas conta ainda com um bate-papo com o Reverendo Arthur Cavalcante e a Iyàlorixá Cristina de Oxum discutindo o quanto as tradições religiosas são diversas e como trabalham o cuidado e a proteção dos seus fiéis.
Veja a programação completa:
Sexta, 29/11 - 18h às 20h - Bate-papo - Cenários – Avanços e Retrocessos nas Políticas Públicas da Aids
Praça térreo - sem retirada prévia de ingresso.
Quais os riscos que corremos com as propostas atuais do Estado? Com o que precisamos ficar atentas e atentos na luta por direitos?
Com Keila Simpson, presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e coordenadora do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT da Bahia, e Alexandre Padilha, médico infectologista e ex-ministro da Saúde durante o primeiro governo de Dilma Rousseff.
Mediação: Marcelo Morais.
20h às 20h30 - Show Eu Sou Guerreira com Renata Peron
Varanda da Convivência 3º andar - sem retirada prévia de ingresso.
Sábado, 30/11 - 11h às 12h30 - Bate-papo - Do 'Use Camisinha' à Prevenção entre Pares: Mudanças nos Discursos da Aids
Praça térreo - sem retirada prévia de ingresso.
O termo "Use camisinha", utilizado desde as primeiras campanhas de prevenção ao HIV, ficou ultrapassado com o passar dos anos, dando espaço para outros modos de se pensar a prevenção da infecção, com formas menos impositivas e que trouxessem os sujeitos para centro do debate. No bate-papo, as convidadas debaterão sobre o histórico das campanhas até se chegar nas estratégias atuais de comunicação.
Com Micaela Cyrino, artista visual, militante pelo HIV/Aids e integrante do Coletivo Amem, e Juny Kraiczyk, diretora da Ecos-Comunicação em Sexualidade., ex-consultora e gerente do Departamento de Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde e ex-coordenadora geral do Programa Transcidadania da Prefeitura de São Paulo.
Mediação: Marcelo Morais.
14h30 às 16h - Bate-papo - Prevenção Combinada e Políticas de Inovação para a Aids no Brasil.
Praça térreo - sem retirada prévia de ingresso.
Controlar uma infecção não é uma questão fácil e precisa de inúmeros métodos para se chegar às suas populações mais vulneráveis. Como o Brasil está pensando suas estratégias de prevenção? O que temos de novo para o controle da aids? Essas são algumas das perguntas a serem discutidas no bate-papo que integra a programação do Rolezinho BixaNagô, que tem por objetivo a construção de espaços de debate e interação sobre a pauta do HIV.
Com Dyemison Pinheiro, médico residente em Infectologia do Instituto Emílio Ribas e Alumni da IFMSA Brazil, e Beto de Jesus, diretor para o Brasil International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex People Association (Ilga).
Mediação: Marcelo Morais.
16h30 às 18h30 - Bate-papo - O Papel das Religiões no Controle da Aids
Praça térreo - sem retirada prévia de ingresso.
Acompanhamos diariamente inúmeros discursos de ódio vindos de diversas frentes conservadoras religiosas, mas será que todas as tradições são assim? No bate-papo serão discutidas o quanto as tradições religiosas são diversas e como trabalham o cuidado e a proteção dos seus fiéis.
Com Reverendo Arthur Cavalcante, reitor da Paróquia Anglicana da Santíssima Trindade e mestre em Ciências da Religião pela UMESP, com pesquisa sobre HIV/AIDS e igrejas, e Iyàlorixa Cristina de Oxum, coordenadora estadual da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro).
Mediação: Ezio Rosa.
18h30 às 20h - Intervenção - AMOR-tecimento
Varanda da Convivência - sem retirada prévia de ingresso.
Uma proposta de happening na qual 20 pessoas negras são convidadas a tocarem-se numa sessão de toques, carinhos, carícias e massagens orientadas, pelo período de duração da projeção de imagens que exibem a história da população negra via as violências imputadas a ela, paralelamente aos cantos/orikis que evocam Oxum, orixá da riqueza, iabá do amor, que é solicitada em energia na performance como uma presença de restauração espiritual do amor perdido entre pessoas negras durante o processo da diáspora
20h às 21h - Filme - Línguas Desatadas (Tongues Untied)
Espaço de Tecnologias e Artes (ETA) - retirada de ingressos com 30 minutos de antecedência no local. Classificação: 18 anos.
Filme de Marlon T. Riggs, de 1989, fala do amor entre homens negros "machões" por meio de entrevistas, imagens de performances, cenas chocantes, críticas mordazes à homofobia em filmes negros ou apenas pessoas em close recitando poesia e contando suas vidas.
Domingo, 1/12 - 11h às 12h30 - Bate-papo - Prevenção da Aids – Alimentação: Imunidade pela Boca.
Praça térreo - sem retirada prévia de ingresso.
Sabemos que para um bom tratamento, ter o consumo dos medicamentos em dia e pensar em formas de se manter saudável são fundamentais, por isso o Coletivo Menina Brasileira, integrando a programação Rolezinho BixaNagô, ministrará uma oficina prática sobre como se alimentar bem para garantir que a imunidade se mantenha forte.
Com Isis Appes, chef vegana, bióloga e ativista gastronômica, idealizadora do projeto Menina Brasileira Ecogastronomia.
Mediação: Ezio Rosa.
14h às 15h30 - Bate-papo - Longevidade de Pessoas Vivendo com HIV: Espaços de Cuidados
Praça térreo - sem retirada prévia de ingresso.
Para se pensar longevidade temos que considerar caminhos de existência e de cuidados, para tanto é fundamental pensar em lugares de sociabilização das diversidades. Desde o início da infecção nos anos 1980, os espaços de cuidados, como a Casa Brenda Lee, tiveram um papel importante para se lidar com as pessoas portadoras do vírus do HIV. Nos anos 2000 aconteceu uma retomada desses espaços com a Casa1 e a Casa Chama. No debate, intenção é se conectar com as motivações para a existência desses espaços, suas formas de gestão e como se colocam em meio a infecção.
Com Sérgio Rodrigues, diretor administrativo financeiro da Casa Brenda Lee, e Rodrigo Franco, fundador da Casa Chama.
Mediação: Ezio Rosa.
O Sesc 24 de Maio fica à Rua 24 de Maio, 109, com acesso pelas estações Anhangabaú e República do metrô.
