Sérvia torna-se referência mundial em cirurgias em homens trans

País tem políticas públicas para LGBT, mas sociedade ainda é bastante homo e transfóbica

Publicado em 14/12/2016
Sérvia vira referência em cirurgia de redesignação sexual em homens transexuais
Cirurgia é parcialmente reembolsada para os locais; brasileiros estão dentre os que procuram o país

A Sérvia tornou-se um dos países com maior procura para cirurgia de redesignação sexual - especialmente dentre os homens transexuais.

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Segundo reportagem da Agência France-Presse, o país europeu conta com medicina de alto nível e com médicos bastante conhecidos pelo procedimento, como Miroslav Djordjevic.

De acordo com o especialista, apenas 20 centros no mundo são capazes de fazer a cirurgia de redesignação sexual de mulher para homem e sua clínina é um deles.

Os homens trans são maioria (85%) das pessoas transgêneros que procuram a cirurgia na clínica, que pode custar 15 mil euros (cerca de R$ 53 mil). Pacientes de várias partes do mundo a procuram, incluindo do Brasil, Estados Unidos, Japão e África do Sul.

Antes da cirurgia, o paciente passa por um longo processo, que reduz o risco de arrependimento, com avaliações psiquiátricas, tratamento hormonal e análise minuciosa de documentos, no caso dos estrangeiros.

O curioso é que a Sérvia é ainda é bastante intolerante com os LGBT socialmente. Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2013 apontou que 49% da população acredita que a homossexualidade é uma doença.

Desde 2012, o governo reembolsa dois terços do valor da cirurgia para as pessoas transexuais nativas. No Brasil, mulheres trans podem fazer a operação gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - mas a espera pode levar anos, pois poucos Estados têm hospitais credenciados. Já homens trans não contam com a cirurgia de redesignação sexual pelo governo.


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