A Rússia anunciou que está fazendo cadastro de todas os habitantes soropositivos do país. A notícia em si poderia ser vista apenas como uma forma de gerenciar melhor a epidemia caso se tratasse de outra nação.
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Muitos se preocupam se esse cadastro não será usado para estigmatizar e discriminar os soropositivos já que o país persegue LGBT e o HIV ainda tem grande concentração dentre homens gays e bissexuais.
Segundo a agência de notícias russa Tass, 824 mil dentre 850 mil pessoas com o vírus já estão cadastradas, mas ativistas apontam que há um número muito maior de infectados no país.
Militantes do assunto dizem que grande parte do orçamento destinado ao HIV/Aids vai para os medicamentos e que a prevenção - como campanhas e preservativos - está sem atenção alguma. Estima-se que metade das pessoas diagnosticadas com o vírus na Rússia sequer estão em tratamento.
Desde 2013, vigora a lei que pune "propaganda gay" no país. Na prática, é proibido expressar a homossexualidade em qualquer lugar público, o que fez, segundo ativistas, aumentar a violência contra LGBT por lá.