O HIV/Aids em São Paulo vive situação contraditória. Se por um lado a expectativa de vida aumentou, por outro, o número de soropositivos que não se trata é alarmante.
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Dados da Fundação Seade divulgados na quarta-feira 10 mostram que as pessoas com o vírus vivem mais hoje. Em 1990, a expectativa de vida para os homens era de 33 anos e em 2015 subiu para 45 anos. Neste mesmo período, a expectativa de vida das mulheres soropositivas passou de 29 para 46 anos.
Na faixa etária de 25 a 29 anos houve queda de 92% na mortalidade. As maiores vítimas continuam sendo os solteiros - tanto dentre os homens (66,5%) quanto dentre as mulheres (56,6%).
Há 208 mil pessoas vivendo com HIV no Estado de São Paulo. Destas, 181 mil sabem que são soropositivas, no entanto, apenas 119 mil se tratam. Ou seja, um terço do total - 62 mil pessoas - foram diagnosticadas com o vírus, mas não tomam medicamentos. Detalhe: ao contrário da maioria dos países, os antirretrovirais no Brasil estão disponíveis gratuitamente, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).