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Muitas vezes, nossa comunidade resguarda o comportamento social cisnormativo e traz para nossas relações os mesmos efeitos negativos que ele causa.
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O "Até que a morte os separe" e o "E foram felizes para sempre" da literatura nos impedem de dizer "Cara, acabou, não dá mais, adeus" para aquele namoro que já não vai bem há tempos.
Mas por que isso acontece? É que a gente não está programado para a desistência, a qual é sempre vista como fraqueza e não como um passo que abre precedente para novas relações e planos.
Terminar um namoro para alguns é uma sensação de quase morte, porque, de fato, é a ida para o além daquilo que a gente planejou para a vida.
O youtuber Marcio Rolim, em seu canal Bee40tona, listou algumas razões que dão indicativos de que um relacionamento acabou e porque um dos dois não consegue simplesmente terminar.
Dentre elas, estão medo de encerrar planos, críticas sociais, ameaça do parceiro, insegurança sobre conseguir outro relacionamento, medo da velhice e solidão e conveniência da vida a dois onde tudo se divide.
O fato é que justamente por reproduzirmos as estruturas dos relacionamentos heteronormativos também sofremos os mesmos entraves familiares e sociais, não sabendo detectar sinais de que o término é necessário.
O vídeo, Bee40tona enumera tudo isso: brigas constantes por motivos banais, ausência de planos para o futuro, perda da confiança e excesso de ciúmes, depressão sem motivo aparente e outros motivos pelos quais é preciso estar atento.
Terminar uma relação na hora certa é uma tarefa difícil. E quando gays estão dispostos a enfrentar questões sociais tais como adoção, casamento, compra de imóvel juntos, fica mais complicado renunciar a isso e encarar a cobrança externa de que aquele é um "casal gay modelo" para outros.
Mas o que deve vir em primeiro lugar é sua felicidade, porque só o fato de ser LGBT e viver fora do armário já é um enfrentamento para a vida toda.