Acompanhar nus artísticos faz parte de quem visita museus, mas e quando a nudez também está do lado de cá das obras?
Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook
Nesta semana, o Museu de Belas Artes de Montreal, no Canadá, convidou 100 pessoas para ver a exposição Foco: Perfeição - Robert Mapplethorpe. A exigência? Que todos os convidados tirassem a roupa.
"Eu acho que, inicialmente, as pessoas estavam um pouco tímidas, mas houve um coquetel primeiro para que pudesse superar isso", disse um dos participantes ao canal CBC.
"Quando você olha para as suas fotos [de Mapplethorpe], você pode ver a diversidade de corpos que ele fotografou", contou Thomas Bastien, diretor de Educação e Ação Cultural da instituição. "Queríamos encontrar uma maneira de refletir essa diversidade para os visitantes da exposição."
O evento foi uma parceria com a revista gay canadense Fugues. "Nós soubemos que outros dois museus, em Sydney e em Viena, fizeram eventos de visitas nuas no passado e que foram bem-sucedidos", disse o editor da publicaçãi Yves Lafontaine. "Com a exposição de Mapplethorpe, pareceu a combinação perfeita para nós."
Robert Mapplethope morreu, aos 42 anos, de complicações causadas pela aids em 1989. O homoerotismo é uma das características mais presentes em suas obras, assim como a cena sadomasoquista nova-iorquina. Manteve um relacionamentos conturbados com a cantora Patti Smith na década de 1970 e com o curador Sam Wagstaff nos anos 1980.