O Grindr foi multado em 100 milhões de coroas norueguesas (cerca de R$ 62,5 milhões) por divulgar informações pessoais de seus usuários.
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Segundo o UOL, em janeiro de 2020, o Conselho do Consumidor da Noruega produziu relatório acusando o maior app gay do mundo de pegar dados do GPS dos usuários e compartilhar com terceiros.
Localização, orientação sexual e informações sobre saúde mental seriam alguns desses dados.
Á época, a Organização Europeia de Consumidores (BEUC) emitiu comunicado afirmando que aquilo ocorria sem base legal válida e sem que os consumidores soubessem.
Um ano depois, o conselho decidiu multar a empresa em valor que corresponde a cerca de 10% de seu faturamento anual.
Ao The Guardian, o diretor de política digital do órgão, Finn Myrstad, falou sobre a punição.
"Este é um marco no trabalho contínuo para garantir que a privacidade dos consumidores seja protegida on-line. A Autoridade de Proteção de Dados estabeleceu claramente que é inaceitável que as empresas coletem e compartilhem dados pessoais sem a permissão dos usuários."
Em comunicado, o Grindr afirmou que as alegações datam de 2018 e não refletem a política de privacidade ou práticas atuais do aplicativo.
"Melhoramos continuamente nossas práticas de privacidade levando em consideração a evolução das leis e regulamentos de privacidade e esperamos entrar em um diálogo produtivo com a Autoridade de Proteção de Dados da Noruega."
O Grindr foi comprado em 2020 pela empresa chinesa Beijing Kunlun por US$ 608 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões). A empresa ainda pode recorrer da multa.