Um garoto de programa está processando seu ex-"sugar daddy" em cerca de R$ 15 mil por calote.
Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook
O caso chegou ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Audiência conciliatória foi determinada para que as partes cheguem a acordo.
O rapaz alega que o homem, um empresário, não cumpriu a combinação que eles tinham em troca de favores e sexo.
"Sugar daddy" é o nome que se dá a homens que bancam financeiramente outros homens (ou mulheres) para se relacionar com eles. Quem é "bancado" é chamado de "sugar boy".
Na ação, o jovem de Mairinque, interior de São Paulo, pedia R$ 15.395,90, mas um juiz negou pedido em primeira instância. A advogada do garoto de programa entrou com recurso.
Segundo o UOL, o jovem conta, no processo, que ele e o empresário de Botucatu (SP) se conheceram em aplicativo de encontros.
O homem passou a enviar presentes para que o rapaz realizasse fetiches por meio de web cam.
Em um dos encontros virtuais, o rapaz contratou outro homem para fazer sexo com ele e serem vistos a distância pelo empresário.
Ficou acordado valor de R$ 2 mil para que o jovem ficasse à disposição dele on-line, além de um celular no valor de R$ 9 mil e uma viagem, dentre outros presentes.
"Tradicionalmente, tal atividade [a prostituição], por envolver questões sexuais, sempre foi vista como pecaminosa, ofensiva aos 'bons costumes' e à moral, então mais conservadora, religiosa e rígida, não encontrando, por isso, proteção jurídica", afirmou a 35ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo.
"Forçoso concluir, portanto, com base em tais lições doutrinárias e jurisprudencial, que o negócio celebrado pelo autor, prestação onerosa de seus serviços sexuais, é válido e passível de proteção jurídica."
Ainda não há data para encontro entre os dois.