"Gosto de macho violento! Nada de vir de mansinho! É para chegar me pegando forte, me virando de costas e detonar sem dó! Tapa na cara, xingo, e metida com força! Se doer, azar o meu! Faço tudo para agradar ao macho! Ele que decide quando parar!"
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Essa é a resposta do cabeleireiro Ronan*, de 35 anos, quando perguntado sobre o que gosta no sexo por nossa reportagem. E complementa: "Que carinho nada! Na cama quero é ser esculachado! Usado mesmo! Termino todo arrebentado, mas feliz. Sorrisão na cara".
A palavra chave para ele é ser obediente, virar objeto do ativo. O prazer dele? "É quando dou prazer para o ativo. Esse é meu objetivo. O macho feliz é que me faz contente e realizado."
E aqui passivo vira adjetivo de corajoso! Ele nem deixa terminar a pergunta sobre o que ele acharia ser abusado por vários homens. Interrompe e tasca: "Adoroooooo! Vou amar! Se meu homem me oferecer para um grupo e mandarem abusar de mim, nossa, fico doido".
O empresário Roberto*, 31 anos, é outro adepto de que carinho já basta o da mãe. "Quanto mais forte a metida melhor. Meu prazer é sentir a força e a virilidade do homem."
Não é vale tudo! É um acordo que dá vazão a fantasias de todos envolvidos. "Existe, claro, diferença entre ser violentado para dar prazer e por maldade. Mas a ideia de ser usado pelos ativos... Ai, já pensei em um grupo de machos bem abusadores e eu lá sendo detonado de vários jeitos! rs Adoraria!"
Raí*, gerente administrativo de 32 anos, vai além e ama ser tratado como mulher feita para agradar ao homem dela.
"Curto cara que gosta de mandar, que tenha pegada forte mesmo. Gosto quando ele me trata como se eu fosse menina dele. Se pedir para eu usar roupa feminina, então... Piro demais! Mas ele tem de gostar. O meu tesão é vê-lo com tesão."
E há sim e não mesmo nessa fantasia. Violência sem consentimento, não! "Na penetração, pode ir com tudo! Sem problema, eu aguento. Mas nada de bater na minha cara, por exemplo. Não curto mesmo."
O prazer é tanto que Raí nem faz questão de ejacular. "Macho bom para mim é aquele que está preocupado só com o prazer dele. O meu é secundário ou nem isso. Eu não preciso gozar nem gosto que me pergunte isso. Meu tesão mesmo está nessa relação de ser dominado e usado."
*Nomes fictícios.