Os Estados sulistas norte-americanas parecem estar em uma cruzada contra os direitos de LGBT, em especial o de pessoas trans de usarem os banheiros de acordo com sua identidade de gênero.
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A cidade de Oxford, no Alabama, aprovou, por unanimidade, uma lei, na terça-feira 26, que torna ilegal usar banheiro público ou vestiário do sexo diferente daquele que está em sua certidão de nascimento.
Pessoas transexuais que infringirem a lei podem ser multadas em US$ 500 (cerca de R$ 1.800) ou até receberem pena de prisão por seis meses. Apenas transexuais que passaram pela cirurgia de redesignação sexual e trocaram legalmente seu nome e gênero nos documentos estão imunes à legislação transfóbica.
O chefe de polícia Bill Partridge disse que qualquer pessoas pode chamar a polícia. "Se alguém vir algo que os deixa desconfortáveis, pode nos chamar", disse ao site Al.com. "Se a pessoa estiver lá quando o oficial chegar, o oficial tem de testemunhar o crime."
O Estado vizinho do Mississippi aprovou, este mês, lei que permite que serviços sejam negados a LGBT com alegação de que fere crenças religiosas. A Geórgia também aprovou lei semelhante, mas sofreu grande pressão de estúdios como Disney e Marvel, que disseram que jamais filmariam no Estado novamente, e a lei foi vetada pelo governador.
A Carolina do Norte, entretanto, é a que mais tem recebido destaque na imprensa. Em março, foi aprovada uma lei que não permite quaisquer outras legislações que punam a discriminação a pessoas arco-íris. Por causa disso, passou a valer uma emenda com o mesmo teor desta da cidade do Alabama, que veta transgêneros de usarem banheiros de acordo com sua identidade de gênero.
Nas últimas semanas, dezenas de artistas, como Bruce Springsteen, Ringo Starr, Nick Jonas, Demi Lovato e Bryan Adams, e companhias famosas, como Cirque du Soleil e Blue Man Group, cancelaram apresentações na Carolina do Norte em boicote à legislação intolerante.