Se depender do presidente da República interino Michel Temer, Estação Plural, o primeiro talk show LGBT da TV aberta brasileira sairá do ar.
Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook
O pemedebista quer reduzir gastos do governo com a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), para isso, sua principal estratégia de contenção de despesas é fechar a TV Brasil, que exibe a atração e faz parte do grupo .
A empresa deve consumir este ano R$ 535 milhões dos cofres públicos e metade desse orçamento é destinado à TV Brasil. Segundo a Folha de S.Paulo, a intenção é manter os outros produtos,tais como agência de notícias, monitoramento de mídia e o site.
À publicação, a presidente do conselho da EBC, Rita Freire, afirma que as mudanças pretendidas por Temer não se justificam. Para ela, justamente programas tais como o Estação Plural e o Caminhos da Reportagem são grandes diferenciais e apresentam conteúdos que não são vistos em redes privadas.
Fontes ouvidas pelo jornal afirmam que a interferência do governo na rede começou há cinco anos quando funcionários antigos foram trocados por novos com salários muito acima do mercado. A prática teria se acentuado na gestão de Edinho Silva, então ministro da Secretaria de Comunicação, a quem a EBC está subordinada. A baixa audiência do canal também pesa na decisão.
Comandado por Fefito, Mel Gonçalves e Ellen Oléria, Estação Plural estreou em 4 de março, nas noites de sexta-feira, como o primeiro talk show LGBT brasileiro. Semanalmente, os três recebem convidados que tratam de questões de diversidade sexual, de gênero, racismo e machismo.