A titular da Secretaria de Direitos Humanos no governo interino do presidente da República Michel Temer será a professora Flávia Piovesan. Sua especialidade é Direito Constitucional. A docente atua na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
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Flávia tem forte ligação com o debate a favor dos direitos humanos de LGBT. Em seu livro 'Direitos Humanos e o Direito Constitucioinal Internacional", de 2013, por exemplo, a professora critica o fato de a lei contra tortura no Brasil não incluir orientação sexual. Em toda a obra, sua defesa é de reconhecimento da cidadania LGBT.
A doutora em Direito também já se pronunciou a favor do segmento em seminário realizado em março de 2015 pela Ordem dos Advogados do Brasil seção São Paulo que tratou especificamente do tema.
Em artigo no jornal O Globo publicado em abril deste ano, a nova secretária mostrou a importância de superar o ódio na sociedade e de combater a discriminação contra LGBT.
"Fundamental é combater o nocivo discurso do ódio em que a palavra carrega a máxima violência do discurso a fomentar a violência multifacetada, física, política, cultural e de aniquilação do “outro”. A intolerância se alimenta de ideologias de superioridade baseadas em diferenças, sejam étnico-raciais, de gênero, idade, nacionalidade, diversidade sexual ou grupo político", é trecho do texto, intitulado Apelo ao Pluralismo.
Já em entrevista dada como escolhida para o cargo, Flávia disse ter aceito o convite porque precisa lutar para evitar "recuos e retrocessos" nos Direitos Humanos.
Devemos ter esperanças?