Refugiados vítimas de intolerância e violência em seu próprio país reproduzindo essas mesmas atitudes fora dele? Sim, isto existe e está acontecendo na Europa. Na Alemanha, será aberto em março o primeiro abrigo para refugiados homo e transexuais.
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O intuito é colocá-los a salvo das contantes agressões e abuso que têm sido vítimas nos centros de acolhida já existentes. O novo abrigo terá capacidade para entre 100 e 200 pessoas e ficará em Berlim. A gestão do espaço, segundo a Agência Efe, ficará a cargo da entidade arco-íris Assessoria para os Homossexuais de Berlim.
A organização estima que exista entre 3.500 e 5.000 refugiados homo e transexuais vivendo na capital alemã. Ao jornal local Der Tagesspiegel, a entidade relatou que refugiados da comunidade LGBT estão à mercê de sofrimento generalizado, como insultos verbais, espancamentos e agressões sexuais, além de tratamento injusto das equipes que cuidam da segurança dos centros.
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Em dezembro, cinco homens (três da Síria, um do Iraque e outro do Irã) tiveram de ser transferidos de um abrigo em Amsterdã, na Holanda, porque as autoridades não conseguiam mais lhes garantir a vida onde estavam. O motivo? A homossexualidade deles.
Em julho, um iraquiano homossexual contou à BBC que milhares de muçulmanos comemoraram nas redes sociais de seu país quando o Estado Islâmico (EI) atirava um gay do alto de um prédio. Para ele, a homofobia é tamanha no Oriente Médio que o EI mata gays para ganhar simpatia dos habitantes do país.