À frente da maior caminhada arco-íris do Brasil e do mundo - a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo - Fernando Quaresma quer mais desafios. Ele é candidato pelo PC do B à Câmara Municipal da capital paulista nas eleições de outubro.
Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook
Com histórico de trabalho com religiões de matriz africana e portadores do HIV e doentes de aids, Quaresma começou a participar da parada em 1998 e, dentro da APOGLBT - associação que dirige e produz a marcha - ocupou vários cargos, tais como suplente de secretaria e tesoureiro, até chegar à presidência da entidade, em 2012.
Ao Guia Gay São Paulo, o ativista revela alguns pontos da sua candidatura e campanha.
Por que se candidatar a vereador?
Porque participo de movimentos populares há muito tempo e vejo hoje um retrocesso com o preconceito e intolerância com várias bandeiras que defendo.
Sinto-me capaz de ocupar uma das vagas da Câmara dos Vereadores para representar o povo e os segmentos da sociedade com quem já trabalhei, como os portadores de HIV e doentes de aids, defesa de várias outras patologias na área de saúde, LGBT, religiões de matriz africana e educação.
Mas um vereador não atua só com os segmentos que já trabalhou e, sim, deve ter a porta de seu gabinete aberto para atender as demandas populares e isso será feito se lá eu estiver.
Por que escolheu o PC do B?
Por uma empatia com as bandeiras que o partido se empenha e pela proximidade com alguns integrantes do mesmo.
Qual será sua principal bandeira?
Dizer uma bandeira apenas é reduzir o trabalho que se tem dentro de uma casa legislativa. Vou estar lá para lutar pelo cumprimento das leis e pelo tratamento igualitário previsto na Constituição Federal e ter sempre as portas do gabinete abertas para atender a demanda de quem precisar.
Lutar sempre pelas "minorias" que se, somadas, serão a maioria dentro do nosso Pais. Algumas das minhas propostas estão no endereço http://fernandoquaresma.blogstpot.com.br e estou sempre aberto a melhorias.
Qual tem sido sua maior dificuldade na campanha?
A desigualdade em divisão de recursos e de verbas e principalmente na visibilidade nos meios de comunicação.