A vida está difícil para imigrantes na Grécia. Muitos homens de países como Irã, Afeganistão e Paquistão têm tido no sexo o único meio de sobreviver.
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Em parques, como o Pedion tou Areos, ruas ou bares, esses estrangeiros, de 25 anos no máximo, têm se prostituído por cerca de 20 euros (cerca de R$ 80), mas alguns chegam a cobrar meros de 2 euros (R$ 8).
"No aeroporto, não há trabalho saudável", contou um afegão nascido no Irã, de 19 anos, ao site Pri. "Você pode vender drogas, vender sexo ou trabalhar para contrabandistas para encontrar clientes. Não havia outro caminho pra mim. Eu não tinha sequer 20 centavos."
O aeroporto citado é o de Hellinikon, desativado, que serve de abrigo para mais de 4 mil imigrantes. Para pessoas desses países parece haver um agravante. As autoridades gregas os classificam como "imigrantes econômicos" e elas acabam "presas" na Grécia por mais tempo que os sírios, que têm status de "refugiados", o que faz com que a ida desse grupo para outras nações europeias seja agilizada.
Na Grécia, a prostituição é legalizada somente em bordéis, mas em diversas vias da capital, Atenas, o comércio do sexo pode ser encontrado. Os clientes, homens maduros, são, na maioria, homossexuais enrustidos e/ou casados. Muitos deles, segundo fontes ouvidas pela reportagem, não se consideram gays, já que estão pagando e são ativos na relação sexual.
Ativistas ouvidos pela publicação acreditam que muitos moradores - incluindo gays - não têm ideia desse universo paralelo que se instalou em Atenas. "Você nunca verá a mesma pessoa em ambos os lugares (os locais de prostituição e os endereços gays tradicionais). É um público completamente diferente", disse o escritor e militante Zak Kostopoulos.