Tem sido frequentes os conflitos entre moradores e rua e travestis na Zona Norte de São Paulo. O motivo principal é o uso dos banheiros masculinos na estação Santana do metrô. Os sem-teto usam o toalete para higiene pessoal e as travestis se prostituem no local.
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"É a maior safadeza. É lógico que a gente tem de se envolver, senão vira bagunça", contou M.S., de 24 anos, ao jornal O Estado de S.Paulo, sem-teto que vive na Avenida Cruzeiro do Sul e admite ser um dos agressores das travestis no banheiro. "Os meninos descem lá para espancar os gays [as travestis] porque não gostam do que veem", revelou outra moradora de rua.
Um funcionário do serviço de limpeza disse que a prostituição começa assim que a estação abre. "As travestis ficam no box, esperando. A gente não pode falar nada, porque é ameaçado." Segundo ele, é comum encontrar vestígios de crack e cocaína no banheiro.
Uma vendedora que trabalha dentro da estação contou que é comum usários dizerem que foram assaltados dentro do toalete. Em nota, o Metrô nega problemas de segurança e diz que em "qualquer anormalidade" os agentes de segurança são acionados "prontamente". Não foi ouvida nenhuma travesti.