O Ministério da Saúde lançou campanha voltada à saúde de homens gays e bissexuais, na terça-feira 26, durante a 3ª Conferência de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT, em Brasília.
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O objetivo da campanha, chamada "Cuidar bem da saúde de cada um. Faz bem para todos. Faz bem para o Brasil", é informar e conscientizar toda a sociedade, bem como os profissionais de saúde a respeito de garantias de atendimento sem discriminação, considerando as especificidades de saúde dessa população.
Esta é a quinta etapa de uma série de campanhas realizadas pelo governo federal pela valorização do direito à saúde. Anteriormente, foram focados a população de rua, população negra, mulheres lésbicas e bissexuais e saúde trans.
Ao todo, serão distribuídos 100 mil cartazes para unidades de saúde, secretarias estaduais, conselhos de saúde, comitês de saúde LGBT e serviços de assistência social e direitos humanos que atendem gays e bissexuais nos Estados. As redes sociais também receberão vídeos e mensagens de sensibilização e informações sobre as necessidades de saúde do segmento.
A campanha contará ainda com cartilha com informações sobre a atenção integral à saúde de gays e bissexuais voltada para trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo recepcionistas e responsáveis por marcar consultas, atendentes, dentre outros. A cartilha destaca o direito de todos à saúde com respeito e sem discriminação e aborda orientações aos profissionais no acolhimento a essa população.
Ao lançar a campanha, o secretário substituto de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, André Bonifácio, destacou a importância da promoção de ações que incluam públicos específicos. "Só há um caminho para o Brasil crescer: o do respeito à pluralidade, à diversidade. Sem isso, não há desenvolvimento possível. Neste sentido, esta campanha é fundamental para não deixar que os sentimentos e desejos de cidadania plena em nosso país sejam apagados em momento algum da história".
A ação também lembra que além de questões de HIV/Aids, hepatites virais e DST, gays e bissexuais estão inseridos nas estatísticas de adoecimento e mortalidade masculina, já que homens vivem 7,3 anos a menos que mulheres e são mais vulneráveis às doenças crônicas, respiratórias e do aparelho circulatório.
Baixe a cartilha da campanha voltada a gays e homens bissexuais aqui.