Mesmo com críticas a Dilma, ONGs LGBT se unem contra impeachment

Maiores entidades nacionais arco-íris qualificam como golpe tentativa de tirar presidente do cargo

Publicado em 04/04/2016

dilma rousseff lgbt gay impeachmentAs mais importantes entidades LGBT de âmbito nacional estão juntas contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

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Em material que circula pelas redes sociais (ao lado), ABGLT, ArtGay, Antra, UNA e RedTrans qualificam como golpe a tentativa de tirar a mandatária do Palácio do Planalto. E isso mesmo com críticas à gestão da petista no que diz respeito à cidadania arco-íris. 

A presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Cris Stefanny, tem essa postura.

"Não concordo com os retrocessos do governo Dilma, mas acredito que remédio para governo ruim chama-se eleições, e não golpe disfarçado de impeachment." 

Para o presidente da União Nacional LGBT (UNA-LGBT), Andrey Lemos, é um grave erro afastar Dilma.

"Ela não cometeu crime de responsabilidade! O que existe é movimentação do Judicário e da mídia contra a presidenta para esconder o interesse maior de Aécio Neves, Eduardo Cunha e outros. Ela foi eleita dentro das regras democráticas, e isso deve ser respeitado."

O líder da entidade, fundada ano passado e com 1.300 filiados, avalia que houve avanços no governo Dilma para LGBT, mas que há falha.

"Foi no governo dela que houve portaria para melhoria do processo transexualizador, implantação do programa de saúde integral LGBT, nome social de trans no Enem. E outras demandas atendidas, embora, verdade, não tenha havido ação necessária para superar a violência contra nós. Mas, de novo, impeachment sem crime é golpe."


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