Alhassan "Al" Bangura, jogador de futebol que atua no Reino Unido, afirmou, em entrevista à BBC, que foi trazido ao país, na adolescência, como escravo sexual.
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Nascido em Serra Leoa, na África Ocidental, o atleta, hoje com 27 anos, deixou seus país aos 14 anos quando seu pai morreu. Segundo o costume local, Bangura deveria assumir o comando da Sociedade Secreta Poro, que era conduzida pelo pai, mas ele se recusou e foi para a Guinea, na América do Sul.
Lá, dois anos depois, o atleta conheceu um francês que prometeu ajudá-lo a realizar seu sonho: ser jogador de futebol. "Eu não sabia que ele tinha uma intenção diferente - me levar para o comércio sexual", contou.
Os dois foram para a França e depois para o Reino Unido. "De repente, eu vi dois ou três caras tentando me estuprar e me obrigando a fazer coisas", revela. "Eu era jovem e pequeno e comecei a gritar. Eles provavelmente achavam que eu sabia o que eu estava fazendo lá, mas eu só vim para cá [Reino Unido] jogar futebol."
Com a ajuda de um nigeriano, Bangura diz que procurou o Ministério do Interior para pedir asilo e recomeçou sua vida. "Depois de alguns meses eu tinha esquecido sobre o que eu tinha passado, me toca falar sobre isso, eu estou feliz por ter superado, mas é triste pra mim."