A islamização na Malásia tem contribuído para o aumento da violência e discriminação contra LGBT. Ao menos é o que acusam ativistas que participaram do fórum "Crimes de ódio e LGBTQI: Onde está o amor?" da Frente de Renascença Islâmica, no país.
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O militante Azrul Mohd Khalib afirma que a comunidade arco-íris na nação asiática tem enfrentado crescente perseguição já que os ensinamentos islâmicos são contra todas as orientações sexuais que diferem da heterossexualidade.
"A agenda da islamização coloca em risco a comunidade LGBT, que fica vulnerável ao que essa agenda quer impor", disse o ativista durante o evento, segundo o Malay Mail Online. "Isso envolve muitas vezes a criminalização da comunidade para demonstrar devoção à religião."
O ativista denunciou que muitas vezes as crenças religiosas passam por cima de liberdades fundamentais reconhecidas pela Constituição do país. Outra palestrante do fórum, Syerleena Abdul Rashid, acrescentou que a religião está tão incorporada na sociedade que abafa qualquer discurso.
"Um tipo de religião que não deixa espaço para o discurso ou o debate", disse ela. "Você não pode fazer perguntas ou desafiar a norma. É aí que as coisas ficam perigosas. Em outras palavras, isso faz com que os outros pensem que está tudo bem tratarem os outros de uma forma que eles não deveriam ser tratados."
O islamismo hoje na Malásia já é praticado por 61,3% da população, seguido pelo budismo (19,8%), cristianismo (9,2%) e hinduísmo (6,3%).