Um escandinavo que visita a Austrália anualmente há 22 anos teve o visto negado na última vez por ser soropositivo.
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O homem, que não quis ser identificado, e tem 60 anos, contou ao jornal Star Observer que é portador do vírus HIV desde a década de 1980 e que ele e o companheiro visitam regularmente o país e até compraram uma casa em Sydney.
Em dezembro passado, o turista teve um visto de turista por três meses negado após apresentar um check-up médico. O Departamento Médico do Commonwealth concluiu que sua "doença ou condição" provavelmente "exigiria cuidados de saúde e custos significativos para a comunidade australiana".
O escandinavo contou à publicação que para manter o HIV sob controle toma apenas um comprimido por dia, que se considera saudável e que em 22 anos a única vez que ficou doente em uma viagem foi por ter contraído uma infecção estomacal no Laos, o que não tem nada a ver com o HIV.
"Eu tinha uma médica em Sydney que avaliou minha saúde dizendo que para uma pessoa com HIV eu não poderia estar melhor", disse o homem, que recorreu ao Departamento de Imigração e Proteção de Fronteiras contestando a avaliação.
À publicação, este órgão declarou que "não nega pedido de visto a turistas por causa do HIV" e que deve ter havido um erro ao processor o pedido do homem. O departamento médico, segundo a imigração, entendeu que o pedido era para visto permanente. Ou seja, existe uma discriminação.
O turista disse ter ficado tão magoado e discriminado que ele e o companheiro venderão a casa na Austrália e a partir de agora passarão suas férias na Europa.