Primeiro vereador assumidamente gay a se eleger por São Paulo, Fernando Holiday (DEM) falou sobre sua futura atuação na Câmara Municipal e disse rejeitar o rótulo de representante da extrema direita.
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"Eu apoio o casamento gay. Sou liberal", disse, ao jornal O Estado de S.Paulo, o dirigente do Movimento Brasil Livre (MBL) e 13º mais votado (48.055 votos) nas eleições do domingo 2 na cidade.
Refratário ao ativismo LGBT e negro, Holiday afirmou: "Alguns me consideram um traidor da causa, mas defendo o que penso e proponho o debate, não o senso comum e a cultura da vitimização. Há estudos que mostram que as cotas aumentam a segregação". Um dos motivos que lhe fizeram a fama foram vídeos em que se mostra contrário ao ingresso em universidades por cotas raciais.
O novo vereador falou de que lado estará a partir de 1º de janeiro na Câmara. "Certamente não será o lado do PSOL, partido que apoia ditaduras e bandidos, como os black blocs", disse à reportagem.
Em agosto, o estudante de Direito de 20 anos protagonizou embates na Casa Legislativa interrompendo uma homenagem a Fidel Castro. "Uma das minhas propostas é mudança no regimento interno para que se proíba homenagens a ditadores, genocidas, assassinos ou qualquer figura ou fato histórico que tenha atentado contra a democracia ou os direitos humanos", afirmou à Folha de S.Paulo.
Sobre seu mandato, o vereador eleito disse que não aceitará conchavos. "Alianças feitas com base em 'toma lá dá cá', eu não vou participar de forma alguma e, inclusive, qualquer coisa do tipo que me for proposta, vou denunciar, vou abrir para a internet."