Em SP, serial killer de homossexuais será julgado ainda este ano

Jorge Luís Moraes de Oliveira é acusado pela morte de cinco pessoas

Publicado em 16/08/2016
Jorge Luís Moraes de Oliveira, assassino da Favela Alba, matou cinco pessoas homossexuais na Zona Sul de São Paulo
Pintor está preso desde setembro de 2015 e pode ser condenado a 125 anos de prisão

O julgamento de Jorge Luís Moraes de Oliveira, que ficou conhecido como "Monstro do Alba", pode ser realizado ainda este ano.

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O Ministério Público vai pedir pena de 125 anos para o pintor acusado de matar cinco pessoas e esconder seus corpos na Favela Alba, Zona Sul de São Paulo.

"Todas as vítimas eram homossexuais", afirmou o promotor do caso, Fernando César Bolque, à rádio Jovem Pan. Oliveira é acusado de ter matado Renata Christina Pedrosa Moreira, de 33 anos; Andréia Gonçalves Leão, 20; Paloma Aparecida dos Santos, 21; Natasha Silva Santos, 21; e Carlos Neto Alves de Matos Júnior, 21, conhecido como Mudinho.

O suspeito foi preso em 25 de setembro do ano passado após a polícia encontrar o corpo de Carlos na casa de Oliveira. Em buscas pela residência, a polícia encontrou os corpos e ossadas enterrados. Ele também é suspeito de ter assassinado o prestador de serviços Kelvin Dondoni Cabral da Silva, de 23 anos, desaparecido desde maio de 2015, mas o caso não será anexado ao processo.

Segundo o promotor, houve "homofobia clara". Todas as vítimas também eram usuárias de drogas. "Existe versão de testemunha de que ele era soldado do tráfico e responsável pela cobrança. Supostamente essas pessoas seriam devedoras de dinheiro para o tráfico e ele era o responsável delas", disse. Os crimes foram cometidos no intervalo de nove meses.

Ao todo, 35 testemunhas já foram ouvidas. A defesa já tentou alegar insanidade mental e tenta anular o trabalho dos peritos. A polêmica é porque primeiramente foi encontrado apenas o corpo de Mudinho na casa do pintor. Apenas depois da mãe e da companheira de Renata Christina terem tido autorização para entrar na casa e encontrado resquícios de outras vítimas, é que a perícia retornou e achou evidências dos corpos. Caso a defesa entre com recurso, o julgamento ficará para 2017.


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