O russo Mischa Badasyan, radicado em Berlim, decidiu há dois se dedicar a um projeto que previa marcar um encontro com um homem diferente durante 365 dias e transar com eles.
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Para dar cabo do projeto, chamado Save the Date (Reserva a data), o artista performático de 28 anos, valeu-se a princípio de apps como Grindr e Scruff, mas quando as possibilidades diminuíram foi para as ruas e chegou a pagar por prostitutos.
O objetivo era refletir sobre o consumo fácil do sexo em aplicativos gays. "Eu não gostei dos encontros, não gostei do sexo, não gostei de nada", contou o artista ao site Vice.
Badayan chegou a viajar a Suécia, Dinamarca, Holanda, República Checa e Polônia e transou com os mais variados tipos de homens - de um jornalista de 76 anos a um ator pornô sérvio.
Na empreitada, o artista também foi para a cama com vários soropositivos. Ele já havia trabalhado numa ONG que trabalha com distribuição de preservativos, mas nunca havia transado com pessoas com o vírus. "Eu estava sempre com medo do contato sexual com elas. O Save the Date mudou a minha vida e a minha realidade", escreveu no Facebook.
O projeto de Badasyan ganhou repercussão antes mesmo de terminar. Artistas pintaram seu retrato, uma tese foi escrita sobre ele e um bailarino de Los Angeles, Kevin Lopez, criou um espetáculo baseado em Save the Date. Lopez chegou a ir a Berlim para ser um dos encontros sexuais do russo.
Depois de tanto sexo casual, como o artista se sente? "Minha sexualidade é muito estranha agora", diz. "Eu não marco encontros com gays mais. A única maneira de eu curtir sexo é voyeurismo em banheiros masculinos, pegar caras héteros ou mal-resolvidos nas ruas de Berlim."