O número de denúncias de discriminação contra LGBT recebidas pelo serviço Disque 100, do governo federal, cresceu de 1.024 em 2014 para 1.984 no ano passado. O aumento foi de 94% e representou 1,44% do total de 137.516 demandas atendidas.
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O relatório da Secretaria de Direitos Humanos revelou que apenas 7,42% das denúncias tiveram respostas dos órgãos aos quais as demandas foram repassadas, tais como Ministério Público, delegacias de polícia e defensorias públicas.
Isoladamente, o número é baixo, mas, em comparação às respostas tidas pelo serviço em relação a denúncias de outros segmentos, as vindas de LGBT estão à frente. Para pessoas de deficiência o índice é 6,62%; para idosos, 7,11%; para crianças e adolescentes, 5,9%; e sobre igualdade racial, 2,45%. No caso de pessoas em situação de rua, a taxa é a mesma da de LGBT.
Dentre LGBT, as pessoas do sexo biológico masculino são as que mais sofrem discriminação. São delas 62% das manifestações. Outros 20% são do sexo feminino. O relatório não informa o sexo de 18%.
Ainda sobre o perfil dos denunciantes, 47% têm entre 18 e 30 anos de idade, 18% entre 31 e 40 anos, e 8% entre 41 e 50 anos. Pretos e pardos são 58% e brancos 41%.
O balanço também evidenciou que o ambiente on-line está tão homofóbico quanto o mundo fora dos computadores e smartphones. Das denúncias de homofobia, 47% foram sobre casos originados na internet.