A cumplicidade entre três grandes amigos enquanto enfrentam dilemas amorosos, questionamentos profissionais e atritos familiares formam o cerne de Amores Urbanos, longa que estreia na cidade nesta quinta-feira 19.
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Produzido pela Paranoid, do diretor Heitor Dalia (de O Cheiro do Ralo) e Egisto Betti, o filme é não só estreia em longas da diretora Vera Egito como também de todo o elenco e equipe.
Na trama, Julia (Maria Laura Nogueira) é uma jovem de 30 anos bancada pelos pais, com os quais têm problemas de comunicação e que acaba de descobrir que foi enganada pelo namorado de dois anos. No trabalho, ela se desencanta com as profissões pelas quais passa com facilidade sem perceber que sua verdadeira vocação está bem ali à sua frente, na sua cozinha.
Já Mica (Renata Gaspar) está bem no trabalho, mas sofre com um relacionamento que está no armário há um ano. A amada, Duda (Ana Cañas), tem uma vida social que não inclui Mica e seu outing parece que jamais vai chegar.
Completa o trio o DJ Diego (Thiago Pethit), um rapaz que não quer largar as bebedeiras e os casos fortuitos, mesmo pressionado por Luan (Bernardo Fonseca), com quem tem um caso fixo. Algo mal resolvido do passado de Diego virá à tona e o fará encarar questões doloridas.
Vera conta que Pethit e Maria Laura estavam no projeto desde o início - os papéis foram escritos para e eles - e o restante do elenco integrou-se depois. Com baixo orçamento, sem continuísta ou maquiador, os próprios atores ajudaram na produção de figurinos e se envolveram em vários setores do filme.
"As questões de falar, de se vestir, de agir. Tudo isso foi inspirado no universo que me rodeia", diz Vera, que também assina o roteiro. "É um portrait de geração, certamente. De um grupo específico que vive nos grandes centros brasileiros. O meu grupo. Nasci e cresci em São Paulo e os personagens do filme representam os jovens adultos que me cercam."
Questões como homossexualidade, carreiras e expectativas são encaradas sem julgamento, diz Vera. "Uma coisa que era muito importante para mim era não julgar ninguém ali. Não construir uma narrativa onde existe o bem e o mau. Todos estão certos e errados também. Não há vilão ou vítima."
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