Um casal gay britânico diz ter se sentido "humilhado" após o tratamento recebido pela Emirates durante passagem por Dubai, nos Emiratos Árabes.
Curta o Guia Gay São Paulo no Facebook
Lee Charlton, de 42 anos, o marido Jason e o filho deles, Kieran, fizeram uma escala na cidade do Oriente Médio vindos de Manchester, na Inglaterra, a caminho da África so Sul.
Charlton conta, que ao fazer check-in, a funcionária atrás do balcão questionou se Kieran era seu irmão. Ele respondeu que era seu filho. Ela fez a mesma pergunta sobre Jason e ele disse que tratava-se de seu companheiro. Com expressão de surpresa, a mulher disse que não poderia emitir os bilhetes e gritou pelo gerente.
"Ele olhou para nossos documentos e disse que talvez não pudéssemos viajar, quando perguntamos o porquê, ele disse que era 'a África do Sul', não nós. Ele pediu que esperássemos em uma sala sem dar nenhuma indicação de qual era o problema", contou Charlton ao jornal The Independent.
Mais
>>> Turismo consciente: 9 países para gays não conhecerem
Após a família passar duas horas isolada em uma sala, Charlton procurou uma funcionária que disse que eles não tinham autorização para viajar para o país africano. O homem respondeu que já havia preparado a documentação antes da partida. "Eu perguntei se era porque somos gays e fui ridicularizado. Eu me assumi gay aos 16 anos e nunca havia passado por isso em relação a minha sexualidade nos últimos 26 anos."
A família, enfim, teve autorização e não pôde sequer fazer uma reclamação formal no momento pois tinha apenas 30 minutos para embarcar e precisou sair correndo. A companhia aérea disse que os atrasos foram por causa de erros na documentação do passageiro.
"Estamos tristes em ouvir as queixas do senhor Charlton. Desde 1º de Junho de 2015, de acordo com os regulamentos da África do Sul, quem viaja para o país com um menor de 18 precisa provar a paternidade ou tutela - enquanto os adultos que viajam sozinhos com seus filhos precisam mostrar que têm o consentimento do parceiro que não está viajando", explicaram.
"Como todas as companhias aéreas, devemos cumprir com as leis de todos os países em que operamos e esta é uma responsabilidade partilhada com os passageiros, que são obrigados a dispor de documentos de viagem válidos para todos os países em seu itinerário. Notamos que a família Charlton continuou em voo da Emirates EK 775 a Durban, como reservado. Lamentamos qualquer inconveniente causado, no entanto, o cumprimento das leis internacionais relativas à proteção da criança não será comprometido."