Desde a inclusão do processo transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2008, o número de procedimentos saltou mais de 3.000%, partindo de 101 para 3.157 em 2014. No total, foram realizados 9.867 procedimentos.
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O SUS oferece acesso às cirurgias de redesignação sexual (operação nos genitais masculinos), mastectomia (retirada de mama), histerectomia (retirada de útero), plástica mamária reconstrutiva (incluindo próteses de silicone) e tireoplastia (extensão das pregas vocais para mudança da voz), além de terapia hormonal.
Os procedimentos são realizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; HC de Goiânia, da Universidade Federal de Goiás; HC de Recife, da Universidade Federal de Pernambuco; HC da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; e no Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, os repasses da pasta para o custeio desses procedimentos cresceu 832,5% no período, chegando a R$ 154,8 mil. A realização do processo transexualizador depende, inicialmente, de avaliação e acompanhamento ambulatorial com equipe multiprofissional, que inclui consulta com psicólogos, por exemplo.
Para o (a) usuário (a) ter acesso aos procedimentos ambulatoriais é preciso ter, no mínimo, 18 anos. Para as cirurgias, somente a partir de 21 anos. Além disso, após o processo cirúrgico é realizado um ano de acompanhamento do paciente pelas equipes.
O Brasil é um dos únicos países do mundo que oferece tais procedimentos pelo sistema público de saúde.