O número de infecções pelo HIV tem diminuido ano a ano no mundo. mas não no Brasil. Enquanto os novos casos caíram de 3,4 milhões, em 2001, para 2,3 milhões, em 2012 (um decréscimo de 33%), no País eles quase estacionaram perto dos 40 mil ao ano. Em 2011, houve uma sensível subida do número de casos: foram 38.776, contra 38.529, no ano anterior.
Médicos e especialistas apontam para o tratamento bem-sucedido com antirretrovirais que têm tornado a doença crônica como resultado na perda do medo de contrair o vírus, especialmente dentre a população mais jovem, fazendo-os abdicar do uso do preservativo.
"As pessoas pensam: 'Agora estão sobrevivendo, estão bem'. Então, acham que a aids é curável, o que não é verdade", afirmou Edgar Hamann, professor e médico do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, ao jornal Correio Braziliense.
O Brasil, no entanto, nunca teve o status de epidemia generalizada para a doença, como nações africanas, lembrou, Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, à publicação. Entre as três gradações usadas para a classificação internacional, o país sempre esteve em um estágio intermediário.
O Estado de São Paulo registrou o maior número de novos casos em 2011: 8.564. Seguem-se a ele Rio de Janeiro (5.068), Rio Grande do Sul (4.315), Minas Gerais (2.639) e Santa Catarina (2.298).