O Oscar pode ter pela primeira vez indicada ao prêmio uma atriz transexual. Ou duas. A Magnolia Pictures anunciou que fará campanha pelo longa-metragem Tangerina junto à imprensa após a produção receber elogios em festivais pelo mundo.
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No filme dirigido por Sean Baker, Kitana Kiki Rodriguez e Mya Taylor vivem duas prostitutas em busca de seu cafetão na véspera do natal. O longa teve boa recepção no Festival de Sundance, em janeiro, e tem sido bem recebido por onde passa. Em outubro, faturou o Prêmio Félix, dado às produções com temática LGBT, de melhor longa de ficção no Festival do Rio.
Baker comemorou uma maior distribuição do longa nos Estados Unidos. "Estou emocionado que a Magnolia reconheça o potencial teatral de Tangerina. O público terá a oportunidade de vê-lo na tela grande, a forma como foi concebido para ser experimentado", declarou.
Ambas as atrizes figuram dentre as prováveis indicadas ao Oscar 2016 pelo site Awards Daily, um dos respeitados sobre o prêmio, mas a vaga como uma das cinco indicadas não será fácil de ser conquistada.
À categoria de melhor atriz, em que Kiki é elegível, estão muito cotadas Cate Blanchett (como uma mulher que se envolve com uma balconista em Carol), Brie Larson (Room), Saiorse Ronan (Brooklyn), Charlotte Rampling (45 Anos) e Lily Tomlin (uma vovó lésbica em Grandma).
Já Mya tem pela frente uma categoria, a de melhro atriz coadjuvante, que está quase fechada entre Alicia Vikander (que faz a esposa de uma transexual em A Garota Dinamarquesa), Rooney Mara (uma balconista lésbica em Carol), Jane Fonda (Youth), Kate Winslet (Steve Jobs) e Elizabeth Banks (Love & Mercy).
Mais fácil mesmo, por enquanto, é que os transgêneros sejam representados por Eddie Redmayne. O ator, que venceu o Oscar 2015 por A Teoria de Tudo, interpreta Einar Wegener/Lili Elbe em A Garota Dinamarquesa e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de redesignação sexual.
As indicações serão conhecidas em 14 de janeiro.