Um ativista dos direitos LGBT tem uma ideia bastante radical para que a comunidade fique livre da homofobia: criar um país sem héteros.
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Viktor Zimmermann, que integra a Gay Homeland Foundation e mora na Alemanha, defende a criação de um Estado-nação que se tornaria um refúgio seguro para milhões de homossexuais em todo o mundo, segundo suas próprias palavras.
"Muitos homossexuais no planeta vivem em circunstâncias perigosas; sua segurança física é ameaçada diariamente; seus empregos são inseguros; suas famílias os ameaçam ou tentam forçá-los a se casar", disse o militante à revista Vice.
Quanto ao local onde ficaria essa nação arco-íris, Zimmermann sugere que deve ser um lugar com "terra barata e habitável" em clima quente à "beira-mar", como a América do Sul, que ele considera adequada e com situações políticas favoráveis. "Um país budista amigável no sudeste da Ásia também poderia ser uma boa escolha estratégica."
Para o ativista, a primeira medida para atingir este objetivo é a formação de uma entidade soberana não terroritarial - ou seja, um Estado sem território - algo como os curdos, na Ásia, ou os bascos, na Europa.
A entidade ajudaria os refugiados gays e fornceceria moradia e comida. Atividades econômicas seriam essenciais nesta fase, portanto, um banco de desenvolvimento gay e os "ajudaria a estabelecer empresas de pequeno e médio porte para capacitar nosso povo economicamente".
A próxima etapa seria conseguir reconhecimento como nação da maioria possível de países, que seria útil para o trânsito de refugiados, transações financeiras internacionais e compra de equipamentos relacionados à segurança.
Sobre a possibilidade de héteros viverem nesse país gay, Zimmermann diz que eles seriam permitidos desde que em número reduzido e sem poderes. Dependentes de homossexuais, como filhos e pais indefesos também teriam permissão.
Como garantir que a população não diminua? Ele responde: "A imigração. Nós todos sabemos como bebês gays são feitos - há milhões deles nascendo neste mundo ano após ano, sem qualquer esforço da nossa parte. Tudo o que precisamos é de uma fração deles, para juntar suas coisas e passar à nação gay".