Um tipo resistente de gonorreia que passou a ser encontrada entre os gays preocupa médicos britânicos.
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O alerta contra essa bactéria é porque ela é resistente à azitromicina, um dos antibióticos mais potentes e indicados a combater a doença.
Casos da "supergonorreia" foram detectados no país primeiramente em heterossexuais, na cidade de Leeds, em meados de 2015. Até o momento, 34 casos foram confirmados, mas médicos acreditam que isso possa ser apenas a ponta do iceberg, pois é uma infecção que pode ser assintomática em muitas pessoas.
Peter Greenhouse, consultor em saúde sexual, disse a BBC que assim que foram detectados casos em homossexuais, o alerta aumentou. "Estávamos preocupados que se espalhasse entre homens que fazem sexo com homens. O problema é que eles tendem a espalhar infecções muito mais rápido porque mudam de parceiros mais rapidamente."
Uma vez que a "supergonorreia" ficou resistente à azitromicina, especialistas já aguardam que a bactéria mostre resistência em breve à ceftriaxona, outro antibiótico que curava a doença.
A contaminação por gonorreia pode ser por sexo oral, vaginal ou anal desprotegido. Os sintomas podem incluir corrimento amarelado, dor ao urinar e dor na garganta. Homens que foram passivos na relação e mulheres têm mais chances de não apresentarem sintomas. A doença pode causa infertilidade, problemas nas articulações e doença inflamatória na pélvis, nas mulheres, o que pode ser fatal.