Após altos e baixos, Luísa Marilac comemora boa fase e relembrou sua recente trajetória nesta década em que teve que voltar algumas vezes à prostituição.
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Ao site UOL, Luísa contou que tem se dedicado a seu canal no YouTube e que já está com contrato fechado com a Editora Record para lançar sua biografia, escrita pela jornalista Nana Queiroz.
Também haverá um novo projeto, quase fechado, que Luísa não quer detalhes. Enquanto isso, ela recebe um valor mensal de uma clínica de estética e de uma dentista para fazer anúncios nas redes.
Desde que seu vídeo dos "bons drinks" no YouTube viralizou em 2010 a vida da travesti mudou diversas vezes. Ela estava com um emprego promissor em um hotel espanhol após sair do Brasil por medo da violência. Deixou-se seduzir pela fama na internet e retornou ao Brasil.
Mas muitas das promessas de trabalho não se concretizaram e ela teve de voltar a se prostituir. "Foi muito duro. Foi como realizar um sonho e ter tido que sair dele. Não que a prostituição não seja um trabalho digno, eu vivi a vida toda disso, mas eu não gosto, nunca fiz por opção", disse.
Em 2013, uma reportagem do Extra afirmou que a travesti estava morando em um cortiço e isso a magoou. "Não era um cortiço, o povo que é sensacionalista, por favor! Eu morava em um flatzinho em um prédio com outras famílias. Eu pensei no pior, cheguei a pensar em me matar", revelou.
Depois disso, conseguiu um emprego no 269 Chilli Pepper Single Hotel (maior sauna e hotel gay de São Paulo), onde foi promovida duas vezes. Porém, um ano e três meses depois foi demitida e voltou para as ruas.
"Eu fiquei desempregada, implorava emprego para os outros, mas, infelizmente, as contas chegavam na porta de casa. Aí eu tive que apelar para a prostituição mais uma vez", contou.
Após atuar em filmes do diretor Beto Ribeiro (como Entre Mortos e Vivos) e fazer vídeos patrocinados, Luísa reergueu-se novamente, encontrou o ativismo, está repleta de projetos e pode brincar com a frase que a eternizou: "E teve boatos de que eu ainda estava na pior. Se isso é estar na pior, pohã..."