Thiago Fragoso afirmou que não está fácil encontrar papéis por causa de sua orientação sexual e etnia.
À Folha de S.Paulo, o ator de 42 anos deu a entender que existe uma cota em produções televisivas para não colocar muitos homens de olhos claros no mesmo trabalho.
"Em cada novela ou série, eu tenho a chance de fazer um personagem. Ou sou eu, ou o Jonas Bloch, ou o Herson Capri, ou o namorado da Larissa Manoela, que também é loiro de olhos azuis. Entrou um não pode mais ter homem hétero, branco", desabafou o artista.
"Estamos vendo esse questionamento pela mudança de status quo. Eu tenho uma chance por novela."
Fragoso também lamentou que produtores escolham o elenco baseado no número de seguidores. "Quanto menos você aparece, mais o personagem aparece. Isso para mim sempre foi um norte."
Nas redes sociais, no entanto, ele sinaliza que não sofre julgamentos. "Ali tudo bem eu ser como sou: branco, hétero, casado, com dois filhos. Ali não tem problema. As pessoas que seguem sabem que sou assim."
Intérprete de um dos gays mais famosos da história da TV brasileira, o Niko de Amor à Vida (2013), o ator acredita que ele e Mateus Solano (o Félix da novela) não conseguiriam mais interpretar os personagens nos dias de hoje por não serem gays na vida real.
"Foi importante para a história da dramaturgua brasileira e para a comunidade LGBTQIA+", lembra. Os dois protagonizaram o primeiro beijo gay (exceto selinhos) de uma novela da TV Globo.
Fragoso encerrou há um ano contrato com a emissora na qual estava há 20 anos. Ele acaba de estrear em São Paulo o espetáculo Dois de Nós, junto a Antônio Fagundes, Christiane Torloni e Alexandra Martins.
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