Atualizado em 24/01/22
Morreu nesta segunda-feira 23, em São Paulo, um dos maiores ícones do transformismo do Brasil, Kaká Di Polly.
Ao Guia Gay São Paulo, o produtor cultural Roberto Mafra afirmou que a drag queen estava enfrentando problemas de saúde.
Há duas semanas, em áudio enviado a Mafra, Kaká estava bastante ofegante. Ela contou ter passado cinco dias internada e que enfrentava dores na lombar e uma crise do nervo ciático.
O produtor, responsável pela antológica Banda do Fuxico, o mais tradicional bloco LGBT do carnaval paulistano, contou que Kaká seria a madrinha da agremiação.
Adriana Policarpo, sobrinha da artista, informou na segunda-feira que por ter sido uma morte súbita o corpo estava no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).
O velório será realizado na quarta-feira 25 de 8h às 12h no Cemitério Vila Mariana, zona sul da cidade. O enterro sairá ao meio-dia no mesmo local.
"Ícone da cultura LGBTI+ brasileira, precursora da Parada do Orgulho de São Paulo, uma diva da noite que rompeu padrões estéticos, antes de termos isso como pauta importante", declarou o ativista Agripino Magalhães.
Kaká brilhou nos palcos paulistanos sobretudo nas décadas de 1990 e 2000.
Em 1997, ficou famosa a cena em que ela fingiu desmaio na Avenida Paulista para que paralizasse o trânsito de carros e a parada LGBT pudesse fluir. Aquela foi a primeira edição da marcha, que é a segunda mais antiga do País (depois do Rio de Janeiro).
Mais recentemente, em junho de 2020, Kaká foi "cancelada" nas redes sociais após admitir que votou em Jair Bolsonaro em 2018 e de ter se arrependido.
"Ter votado 'errado' não desmerece a minha luta", declarou a artista, em comunicado, após a repercussão do tema.