'Estou onde estou devido aos gays', afirma Otávio Mesquita

Apresentador comentou sobre pioneirismo na Band ao cobrir o Gala Gay

Publicado em 16/07/2024
Otávio Mesquita fala sobre sua relação com os gays
Mesquita afirmou G Magazine foi inspirada em revistas estadunidenses, mas ideia era não mostrar pênis

O apresentador Otávio Mesquita falou sobre a conexão que tem com o público gay e seus projetos direcionados a eles.

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"Ninguém queria fazer o Gala Gay naquela época. 'Não, Gala Gay não vou fazer'. E, abre aspas, isso é técnico, todos somos iguais perante à lei, sem distinção de cor, raça ou credo. Fecha as aspas e isso é serio. E eu não tinha nada contra os gays. Obviamente, qual o problema?", comentou Mesquita ao ser entrevistado pelo programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, na segunda-feira 15.

"Aí eu peguei e fui fazer o Gala Gay. Fui muito elogiado, deu uma audiência fantástica. Então, se eu estou onde estou, eu devo primeiro aos meus pais, devo à minha capacidade de ser uma pessoa simples e, por último, aos gays que me levaram pra cima. Agora, perguntaram: 'Você é gay?'. Não sou gay, óbvio, porque eu adoro todos eles, devo a todos eles e todos me respeitam", afirmou o apresentador do Operação Mesquita, do SBT.

Gala Gay era o último baile (na terça-feira de carnaval), nas décadas de 1980 e 1990, da casa de eventos Scala Rio, que ficava no Leblon, na zona sul da cidade. A transmissão televisa do baile - que era frequentado por gays e travestis - era bastante aguardada pelos telespectadores.

 

 

Mesquita também comentou sobre sua empreitada com a G Magazine. Junto aos empresários Angelo Rossi e Ana Fadigas, o apresentador fundou a editora Fractal e os três compraram, em 1995, a Sexy, maior concorrente da Playboy no País.

Dois anos depois, eles miraram no público gay com a G. "Eu fui para os Estados Unidos, estava em Nova York, e de repente eu vi lá umas revistas ligadas aos gays, porque também é um 'business'. Eu peguei a revista e vi lá os anunciantes, só gente grande. Eu falei, 'vou levar pro Brasil'. Aí levei pro Brasil", relatou.

"Lá nos Estados Unidos, as pessoas não mostravam o pênis, era uma coisa sensual. E aqui, acabaram mudando pra colocar as pessoas nuas", prosseguiu. "Era um probleminha, né? Foi muito bem. Muitos atores faziam isso e aí eu percebi que isso poderia ter me dado algum problema. Recebi um convite pra vender e acabei vendendo. Nada contra a revista, porque era uma revista voltada para os gays, que dava uma venda boa e era interessante. Foi um sucesso bacana, mas mesmo assim eu saí pra não ter problema."


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