Filho adotivo do apresentador Cid Moreira, o cabeleirero Roger Felipe Moreira revelou que os desentendimentos entre ambos começaram na época em que o então jovem passou a vivenciar sua sexualidade, anos atrás.
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O caso ganhou visibilidade nos últimos dias.
Roger move processo contra o ex-apresentador do Jornal Nacional que nada tem a ver com dinheiro, segundo ele. O que ele busca na Justiça é reconhecimento do afeto do pai.
Cid, que tem 93 anos, escreveu carta ao filho afirmando que o deserdou e que se arrepende do dia em que o adotou. A Justiça não permite que pais deserdem filhos - ou seja, eles continuam como seus herdeiros legais e nada pode mudar isso.
A história começou bem. Roger chegou à casa de Cid, indo do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, aos 13 anos. Ele é sobrinho de uma esposa do apresentador e sofria com o pai biológico, que o agredia por saber que ele era gay.
Na capital fluminense, Roger dedicou-se totalmente ao pai adotivo, seguindo seus passos 24 horas e cuidando de toda a sua vida e carreira. A adoção foi formalizada quando ele estava com 21 anos em 2001.
No entanto, alguns anos depois, Roger decidiu que precisava viver sua própria vida, o que incluía conhecer homens, coisa que ele nunca havia tido tempo para fazer, conta.
Em live com o jornalista Felipeh Campos, Roger afirmou que não acredita que Cid Moreira seja homofóbico. De toda forma, a relação se deteriorou coincidentemente com o momento em que Roger conheceu o primeiro homem de sua vida - que é seu marido até hoje, 17 anos depois.
Na conversa com Felipeh, Roger afirmou que a atual esposa de Cid, Fátima Moreira, influenciou na decisão do rompimento e que ela dviulga "fake news" sobre ele.
O apresentador também é pai de uma mulher e de outro homem. Este, Rodrigo Radenzev Simões Moreira, também não tem contato com Cid. Ele chegou a processar o jornalista, em 2006, por abandono de paternidade e perdeu a ação.