Compositor do maior sucesso de Netinho, Manno Góes criticou o cantor e disse que hoje em dia ele jamais poderia gravar Milla.
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O desabafo veio após a cantora Daniela Mercury ter dito que queria discutir a Lei Rouanet com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Netinho se posicionou do lado do presidente.
"Milla da música é amor! É liberdade! É diversidade! Jamais seria tortura, homofobia, xenofobia, preconceito. Jamais seria ligada à milícia ou laranjas", escreveu Manno.
"A música Milla tem que estar conectada ao lúdico, alegre, divertido, adolescente, amoroso… Jamais a essas pessoas horríveis que admiram Bolsonaro e criticam colegas de trabalho por pura maldade, inveja ou burrice […] Milla jamais seria composta por um admirador de Bolsonaro”, emendou.
O compositor ainda questionou a sexualidade de Netinho, que se assumiu bissexual anos atrás e nunca mais quis falar sobre o assunto.
"Milla é mais que uma música; é uma história. Que teve em Netinho, um homossexual não assumido-gente-boa, uma voz”, alegou. O compositor também admitiu que seu desafeto nada teve a ver com o fato de Netinho ter votado em Bolsonaro, mas sim em quem o músico teria se transformado.
“A Milla da música não tem nada a ver com o personagem constrangedor que Netinho virou. Que nunca mais vai gravar Milla, ou Pra Te Ter Aqui, ou qualquer coisa que eu compuser […] Naufrague com sua maldade, Netinho. Se achasse que você só está ainda doente, não te escreveria isso. Você está são e completamente conectado com esse governo inacreditavelmente perverso. Não me chame de amigo. Não sou seu amigo. Não quero mais ser seu amigo. Você não merece Milla. Bicha burra”, concluiu.