O ginasta Ângelo Assumpção afirmou que desconhece acusações de homofobia, denunciadas pelo também ginasta Gabriel Alves, e que ficou chocado com as alegações.
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"Eu desconheço estas acusações que vieram à tona no final de semana. Fiquei surpreso e chocado com estas acusações, até porque não compartilho com este tipo de comportamento retrógrado – desativei meu perfil no Twitter para não ficar lendo um bombardeio de julgamento de pessoas que não conhecem a história", afirmou Ângelo, em comunicado, segundo O Globo.
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"Eu sei que é ser discriminado, eu sei que eu passei, e só eu sei o que estou passando. Eu não tenho e nunca tive problemas com o (atleta de 17 anos). Eu sempre tive um bom relacionamento, não só com ele, mas com todas as pessoas do clube. Nunca tive qualquer tipo de desavença ou falta de respeito com qualquer pessoa, dentro ou fora do clube."
No sábado 24, Gabriel, de 17 anos, contou que conviveu com Ângelo desde que entrou no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, em 2014, até a demissão deste, em 2019.
O adolescente afirmou, que tinha nove anos, quando conheceu Ângelo no clube, disse que sofreu bullying durante todos esses anos e que foi apelidado com nomes femininos.
"Eu realmente ficava mal com os apelidos", escreveu Gabriel, no Twitter, sobre os nomes "Rebeca Blackout" e "Leona", referência aos vídeos da influenciadora Leona Vingativa, sucesso na internet, à época.
Gabriel diz que Ângelo provocava sobretudo os ginastas mais jovens e que jamais lhe pediu desculpas. "Ele nunca me procurou pra falar sobre como ele estragou o meu psicológico quando eu era apenas uma criança!!"
De acordo com o UOL, as acusações foram relatadas ao Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Ginástica que investiga acusações de racismo feitas por Ângelo quando ele foi demitido do Pinheiros.
Uma vídeo, visto pela reportagem, mostra o atleta fazendo Gabriel sair de um armário e mostraria o garoto constrangido.
Em defesa de Ângelo, a organização Coletivo Arouchianos, de São Paulo, relatou que o ginasta é seu colaborador em projetos de apoio social a LGBT. Ele foi inclusive o seu "Papai Noel Preto".
O texto abaixo foi, de acordo com o grupo, escrito para rebater acusações de que estejam "passando pano para homofóbico".