A solidão do homem gay maduro é o foco de Naquela Noite Eu Olhei pela Janela e Vi a Lua Morrer, que reestreia em São Paulo neste sábado 22.
Ricardo Brighi, que assina o texto e está sozinho no palco, se valeu de suas próprias experiências e também de relatos que ouviu para escrever o espetáculo.
O ator, dramaturgo e codiretor da montagem (junto a Wesley Leal) afirma que pesquisou reportagens, entrevistas e estudos.
A produção propõe reflexão e diálogo sobre homossexuais que por conta da idade e do corpo físico muitas vezes "imperfeito" são excluídos da possibilidade de amar.
"A eles sobra a janela aberta e, através dela, a companhia do vento, dos raios solares e da brisa da noite", aponta Brighi.
Em sua investigação sobre o tema, o escritor constatou que a solidão é uma dor (ou não) que acompanha muitos gays, especialmente os maduros.
"Alguns aprenderam a conviver com ela e até gostam. Outros sentem o incomodo e a aflição da lacuna", afirma.
Naquela Noite Eu Olhei pela Janela e Vi a Lua Morrer tem desenho de luz de Agnaldo Nicoleti, trilha sonora de Vinícius Alves e é uma realização da Carriola Cultural.
O espetáculo faz temporada às sextas e sábados no Teatro Commune, na Consolação, região central, até 12 de novembro. Mais informações você tem em nossa Agenda clicando aqui.