Homofobia, bullying, conflitos familiares e luta por igualdade são temas do espetáculo O Banheiro, que estreia neste sábado 21.
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Produzida pela Companhia do Martelo, coletivo teatral da Zona Leste de São Paulo, a peça gira em torno de Alessandro, jovem de 17 anos que vive conflitos internos e com a família por causa de sua orientação sexual.
O banheiro acaba sendo o espaço em que encontra um refúgio e onde o enredo se desenvolve.
Para o autor Brunno Dmitri, que além de escrever e coreografar também atua no espetáculo, é função do teatro romper estereótipos sociais.
"A principal reflexão enquanto companhia não é atender um rótulo especifico de amor ou de público, vemos o ser humano como um todo. Claro que na peça há recorte para tratarmos da homossexualidade, mas é pela situação atual do País, a morte de homossexuais é latente, e não somente a morte física, mas a morte social que os deixam invisíveis em seus direitos básicos, até mesmo no uso de um banheiro", explica.
A ideia em ter um banheiro como tema central ocorreu por se tratar de um ambiente de uso coletivo, comum a todas as pessoas e presente em todos locais de uso público ou privados.
"Banheiro, aqui, adquire sinônimo de igualdade onde questões como raça, cor, condição social ou de gênero são indiferentes. E um local de intimidade, introspecção, o que muitas vezes favorece ele ser usado também para lidar com questões emocionais". comenta Filipe Lima, diretor do espetáculo.
Para Dmitri, a recepção do público na primeira temporada foi muito positiva. "Mesmo nos impactos e momentos que a peça causa reflexão e autoanálise nos expectadores quanto ao seu papel e atuação na sociedade em relação aos seus próprios preconceitos e tabus",analisa.
O espetáculo fará temporada aos sábados no Teatro da Ribalta, na Bela Vista, até 29 de setembro. Mais informações, como horário e valores, você tem em nossa Agenda clicando aqui.
