Um tipo diferente de recital tem sido organizado em Berlim: ele tem foco no público "leather".
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Cerca de 100 gays amantes da cultura do couro comparecem a igreja na capital alemã para ouvir música do compositor Edvard Grieg.
"Muitas pessoas pensam que a cena do fetiche é toda sobre sexo, mas são apenas as roupas que vestimos", explicou o organizador do evento, Tyrone Rontgagner, à Agência France-Presse.
“É apenas outra maneira de se expressar, como a música. A música une as pessoas exatamente como a nossa vestimenta."
Rontgagner foi duas vezes Mr. Leather Alemanha, e promove eventos inclusivos na Igreja Evangélica Doze Apóstolos desde 2015, que fica em Schoeneberg, o bairro mais gay de Berlim.
O evento conta com o apoio do pastor da congregação, Burkhard Bornemann, que é gay assumido e figura ativa na comunidade no combate à dependência química.
O público, em sua maioria não é frequentador da igreja, mas se atrai pela música.
"Religião? Não é para mim", diz, à reportagem, um homem de cerca de cinquenta anos que usa um macacão de couro e rabo de cachorro e se identifca como Pup Luppi.
Ele prossegue: "A música clássica, por outro lado, me acalma, como o BDSM. é uma espécie de jogo em que a emoção aumenta e diminui."
"No começo, foi um pouco estranho para mim, mas acho ótimo", disse outro frequentador, Ronald Hartewig, vestido uniforme policial.
Os músicos - um organista e um violinista - seguem o dress code, também vestidos de couro.
"É divertido estar todo em couro ao invés de um terno", afirmou o cantor Eric Beillevaire. "Isso permite que você construa uma ponte entre a comunidade gay e nossa vida cotidiana como músico."
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