Formado por 4 peças curtas, 'Ocupação Rio Diversidade' estreia em SP

Intersexualidade e pessoas sem gênero específico são dois dos temas abordados no espetáculo criado por Marcia Zanelatto

Publicado em 18/05/2017
Thadeu Matos em 'A Noite em Claro', na montagem 'Rio Ocupação Diversidade'
Thadeu Matos em 'A Noite em Claro'. Fotos: Dalton Valério

Após duas temporadas em palcos cariocas chega a São Paulo nesta sexta-feira 19 o espetáculo Ocupação Rio Diversidade.

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A produção é uma junção de quatro peças curtas (cerca de 20 minutos cada) que tratam de orientação sexual e identidade de gênero e são entremeadas por performances da drag queen Magenta Dawning.

A primeira peça é Genderless - Um Corpo Fora da Lei, de Marcia Zanelatto e direção de Guilherme Leme Garcia, inspirada na história real de Norrie May-Welby (Larissa Bracher). Em 2010, Norrie se tornou, na Austrália, a primeira pessoa do mundo a ser reconhecida como "sêm gênero específico". A montagem reflete sobre os conflitos entree as identidades sexuais masculinas e femininas.

Rio Ocupação Diversidade

Em Como Deixar de Ser, de Daniela Pereira de Carvalho e direção de Renato Carrera, uma mulher de meia idade (Kelzy Ecard) está presa dentro de um "armário-sala", herança da mãe, e se exaspera por não ter coragem de se assumir quem é verdadeiramente.

Na sequência entra A Noite em Claro, de Joaquim Vicente e direção de Cesar Augusto. No palco, Thadeu Matos interpreta lembranças do próprio autor sobre o dia em que recebeu a visita de um amigo que teria passado uma "noite em claro" com o suposto assassino do diretor teatro Luiz Antonio Martinez Correa, nos anos 1980.

A última peça, Flor Carnívora, trata da intersexualidade. Com texto assinado por Jô Bilac e dirigida por Ivan Sugahara, a montagem apresenta a flor (Adassa Martins), afirmação do hermafroditismo das plantas, que protesta contra a colonização organizadora do homem que quer catalogar tudo o quê na natureza.

Indicada ao Prêmio Shell na categoria inovação por fomentar a discussão em torno da identidade de gênero por meio do teatro, a peça passeia do humor à tragédia. "Nas temporadas há um grande encontro com o público e a solidariedade e o sentimento de esperança nos unem. Não podemos aceitar uma sociedade que mata homossexuais, mulheres e transgêneros diariamente. E unir nossos corações e mentes parar lutar contra isso tem sido maravilhoso", afirma Marcia Zanelatto, idealizadora e diretora geral do projeto.

O espetáculo fica em cartaz em São Paulo, no Sesc Santana, por apenas duas semanas, de sexta a domingo. Mais informações você tem em nossa Agenda clicando aqui.

Flor Carnívora, com Adassa Martins, sobre intersexualidade, no Rio Ocupação Diversidade

 


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