3 motivos para ver 'Tamara', filme sobre deputada transexual

Longa venezuelano retrata vida de Tamara Adrián, que aos 40 anos assumiu sua verdadeira identidade de gênero

Publicado em 24/10/2018

 

Tamara: filme sobre transexual Tamara Adrián, da Venezuela, estreia no Brasil
Luís Fernandez dá vida à advogada transexual que sofre preconceito em universidade

As questões de pessoas transexuais têm ganho mais atenção na mídia e na arte e com isso mais filmes se dedicam ao tema.

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Estreia nesta quinta-feira 25 em São Paulo o longa Tamara, de Elia K. Schneider, que fala da venezuelana Tamara Adrian, a primeira deputada trans de seu país e a segunda da América Latina.

Veja três motivos para assistir ao filme:

1  Personagem real
A comunidade LGBT ainda tem pouca memória de seus heróis e heroínas. Por isso, é importante conhecer a história de quem lutou pelos direitos de todo um segmento. Hoje aos 64 anos, Tamara formou-se advogada e viveu como Teo, aprisionando sua verdadeira identidade até os 40 anos.

Professora em uma universidade, Tamara enfrentou o preconceito de alunos, professores e equipe, mas o superou e candidatou-se a deputada pelo Partido Vontade Popular, que faz oposição ao presidente Nicolás Maduro. Ela assumiu a cadeira no Congresso do país em 14 de janeiro de 2015.

2. Trans pode ser lésbica
Até mesmo dentre gays e lésbicas causa estranhamento uma pessoas trans que não é hétero. Fomos condicionados a pensar que pessoas que fazem adequação de gênero gostam de pessoas do sexo oposto. Nada a ver.

Identidade de gênero e orientação sexual não correm juntos e, aos poucos, nos deparamos com exemplos como o de Tamara. Enquanto em sua identidade masculina, como Teo, ela foi casada e teve dois filhos. Ao passar pela transição, Tamara continuou tendo atração por mulheres. Em especial Ana (Prakriti Maduro) que a conhece ainda com sua aparência masculina e depois volta a se envolver com Tamara já como mulher.

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3. Didático e ficcionalizado
O longa é uma ficção baseada em história real, o que pode atrair quem é avesso a documentários, que costumam ser mais convencionais. Ao mesmo tempo, optou-se por mostrar, em mais da metade do filme, todo o desconforto de Teo, ainda como homem. O ponto de partida é seu retorno de Paris, onde foi para estudar, a Caracas quando recebe a notícia da morte do irmão.

Em especial nas consultas com a psicóloga, a história apresenta-se de modo didático, o que a torna, para quem já tem mais elementos sobre o tema, um tanto enfadonha. No entanto, a interpretação de Luís Fernandez como Teo/Tamara é tão delicada e ao mesmo tempo visceral que seu magnetismo na tela nos envolve completamente.

Assista a uma cena do filme divulgada com exclusividade pelo nosso site:

 

 

 


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